Simplifique a sua vida! |
Por Wilson Azevedo
ATENCAO PARA ESTA NOTICIA DE HOJE
http://www.dnonline.com.br/ver_noticia/
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Leiam no link acima. Trata da transformacao da Roberto Freire em via expressa, com 5 faixas de trafego de cada lado.
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Absolutamente NENHUMA referencia a ciclovia.
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Atualmente ha' 3 faixas, com alguns afunilamentos para 2 faixas em alguns trechos.
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Sem fazer desapropriacoes, como afirma a materia, so' existe uma maneira de aumentar a largura da avenida: comendo canteiro central e calcadao...
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Tambem nao ha' qualquer referencia a transporte coletivo. Uma intervencao deste porte somente se justificaria se fosse para implantar ou um corredor exclusivo para BRT ou uma linha de VLT.
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Pois o projeto e' omisso quanto a isto.
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Apenas fala em oferecer mais faixas para o mesmo tipo de trafego: o de automoveis.
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Isto define uma clara opcao preferencial por parte dos gestores municipais: o transporte motorizado individual.
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Nenhuma prioridade ao transporte nao motorizado, a biciclieta.
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Nenhuma prioridade ao transporte coletivo.
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Mais do mesmo: mais faixas para os mesmos carros.
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E' nisto que a prefeitura aposta? O modelo paulistano de gestao da mobilidade urbana?
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Se e' isto, uma visitinha a Sampa ajudaria a ver no que vai dar esta insanidade... S. Paulo sorri para Natal como o sujeito da antiga propaganda da Orloff: "eu sou voce amanha"...
Canteiro central da av. Roberto Freire: sua grama, suas árvores, o verde está condenado, onde poderia ser uma ciclovia bem arborizada. |
A formula paulistana de mobilidade urbana e' o que muito apropriadamente se pode chamar de CRONICAMENTE INVIAVEL.
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E' inviavel de forma cronica. Nao tem mais picos de congestionamento. O transito paulistano e' um congestionamento unico que comecou la' pela metade da decada de 80 e nao tem hora para terminar. Ruas cronicamente congestionadas a qualquer hora do dia ou da noite. E da madrugada tambem. Ja' peguei transito engarrafado por volta de 2h da madrugada na Av. Brasil...
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E' um anti-exemplo, um modelo negativo do que acontece quando se prioriza o automovel como meio de transporte cotidiano.
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Minha filha presenciou isto agora em fevereiro. Visitando os avos que moram na capital paulista foi passear com amigos e primo. Pegaram um onibus. Eram 3h da tarde. O onibus empacou num congestionamento a varias quadras do destino deles, um shopping. O primo dela nao hesitou, assim como seus amigos: quando viram o congestionamento 'a frente, desceram e foram todos a pe'. Uns 20 minutos de caminhada. Ou seja, certamente uns 2Km de distancia.
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E' reacao natural do paulistano. Acostumado ao cronicamente inviavel ele nao insiste em ficar parado num onibus no meio de um engarrafamento: ele ja' sabe que a pe', caminhando em ritmo de passeio, chega mais rapido que de carro ou onibus.
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E' este o modelo que Natal mostra estar seguindo ao apresentar um projeto que prioriza o automovel.
É ISSO MESMO QUE QUEREMOS NATAL? |
Enquanto isto, Curitiba coloca nas ruas a segunda geracao do BRT: o "ligeirao".
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O ligeirao e' uma versao ampliada do ligeirinho. O ligeirinho e' um onibus articulado que circula em via expressa. Um trajeto que num onibus comum demorava 50 a 60 minutos passou a ser feito em 35 minutos com a implantacao do ligeirinho.
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Agora, com o ligeirao, o trajeto passa a ser feito em 20 minutos.
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O ligeirao e' um onibus bi-articulado que segue pela mesma via expressa do ligeirinho. A prefeitura fez algumas modificacoes criando areas de ultrapassagem em algumas estacoes. Assim o ligeirao para em menos estacoes, ultrapassando o ligeirinho naquela em que nao faz parada.
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Alem disto, o ligeirao foi equipado com uma tecnologia que sinaliza para sensores colocados algumas centenas de metros antes quando esta' se aproximando de um cruzamento. Assim que sua passagem e' detectada pelos sensores, o proximo sinal e' ou mantido aberto por mais tempo, ou, se estava fechado, e' aberto para que o ligeirao nunca pegue sinal fechado em seu trajeto.
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O que e' isto? Prioridade para o transporte coletivo. O espaco da avenida, o sinal de transito, tudo da' prioridade ao coletivo. O individual fica subordinado ao coletivo. A maioria tem preferencia sobre a minoria.
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A gestao da mobilidade urbana tambem traduz uma posicao politica. Em algumas cidades se pratica uma gestao que poe uma minoria privilegiada na frente, dando-lhe prioridade frente 'a maioria. Em Curitiba se faz o contrario.
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Isto tem nome: DEMOCRATIZACAO do transporte urbano.
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S. Paulo e Curitiba exibem dois modelos diferentes que traduzem duas opcoes politicas diferentes.
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Em qual das duas Natal aposta?
EU PREFIRO SEGUIR ESTE EXEMPLO! |
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