sábado, 12 de março de 2011

A cultura do automóvel ataca mais uma vez

Muito bem, cheguei hoje da instituição espírita que faço voluntariado, não encontrei o mesmo bicicletário que deixei quando sai do estacionamento do prédio em que moro. Na verdade era o mesmo bicicletário, abarrotado de bicicletas, porém cercando, verdadeira cerca de metal, carros e motos, muito próximos, para não dizer colados a estrutura.

Sr.(a) motociclista ñ estacione interrompendo a passagem de outros veículos (bicicletas). O ciclista do prédio agradece
Assombrei-me: "como eu vou passar?", pensei "cá com meus botões". Pois é, o espaço que tinha reservado para minha singela bike - como sou um dos poucos ciclistas que deslocam-se com frequência - dei um lugar mais facilitado para minha saídas e chegadas; o problema que tinha um carro bem no meio, com menos de meio metro das bicicletas. Com o perdão da palavra, que sacanagem meu irmão! Além disso tinha uma moto impedindo a passagem, mais dois carros dificultando a circulação. É como se um condutor de um automóvel parasse seu carrinho de maneira correta no lugar seu reservado, e viessem dois folgados entravacassem a passagem( agora é palpável esse exemplo, não é?). 

A dona do veículo apareceu e levou-o embora abrindo mais espaço. Se fosse sempre assim.
Isso não é a primeira vez, é tão corriqueiro, o problema maior está relacionado a falta de educação. As pessoas se acomodam, preferem parar perto dos elevadores ( não ocupando as suas vagas respectivas); as visitas perto das piscinas e da churrasqueira ( não ocupando o espaço reservado aos motores visitantes), negligenciando a utilização do espaço.

Não conheço todas pessoas que preenchem todos os 98 apartamentos empilhados formando o edifício, imagino se realmente todos estivessem preenchidos. Seria um caos? Mais meninas bonitas para eu paquerar? (rs) Mais carros? Conheci algumas pessoas interessantes nesse tempo pouco que estou vivendo aqui, não gosto de apartamento, mas tenho um teto para morar, enquanto muita gente vive em baixo de marquises. Se por um lado existem pessoas interessantes, outras são como máquinas frias (sou uma delas, mas eu venho treinando, e combatendo isto, tenho me esforçado),  que nem para responder ao meu esforço de conseguir dá, pelo menos bom dia de elevador, conseguem me corresponder.
Não pude mais colocar a bike neste local. E tirar alguma daí fica complicado mesmo, como já aconteceu algumas vezes
Do elevador para o carro, e algumas interpelações de bom convívio social, segundos exíguos. Pressa. Do carro para a penumbra dos elevadores, e a impaciência rumo ao andar escolhido. O meu é o vigésimo (rs). Compartilho desses sentimentos porque sinto isso, são pontos que eu preciso melhorar, sendo pessoa humana, dentre outras coisas, a exemplo, do meu comportamento nas ruas, no lar, nos estudos, perante ao próprio movimento Bicicletada.
Essa é a bicicleta que leva-me por aí, um amigo brincou uma vez e a batizou de monstrobike. Mas não sou um monstro no trânsito deixo claro.

A minha sensibilidade aumenta muito a cada pedalada, a cada giro das rodas tenho tempo para pensar, refletir. Verdade.  Se eu falasse o contrário estaria mentindo.

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