quinta-feira, 19 de maio de 2011

Código Florestal - Manifestação Nacional em Natal

MANIFESTAÇÃO NACIONAL CONTRA O SUBSTITUTIVO QUE ALTERA O CÓDIGO FLORESTAL


Este evento está sendo organizado em todo Brasil com centenas de ONGs contra o substitutivo do Dep. Aldo Rebelo, que altera de forma péssima o Código Florestal para favorecer os ruralistas, sem nenhuma preocupação com a questão da proteção das florestas e consequentemente das condições da existência humana.

Mais informações:
Telefone de contato: 8865 8868 com Francisco Iglesias
Veja: www.sosflorestas.org.com

 Data/hora e local:
Sexta-feira, 20 de maio · 15:30 - 18:30
Localização: Av. Rio Branco esq. com Rua João Pessoa, Praça Kennedy – Natal - RN

domingo, 15 de maio de 2011

Notícia

Arte - Eduardo Marinho
44 mandatos de busca e apreensão em Natal, a cidade que mais se endivida para a obtenção do sonho de consumo que é o carro.. Trabalhdores se endividam, usam o carro para trabalhar, trabalham para ter carro.

sábado, 14 de maio de 2011

Até quando? Até quando impunidade? Até quando?


Mais uma vítima em menos de duas semanas.

Revolta! Enquanto os jornais e blogs locais bem frequentados e retuitados ditam o que acontece, sem qualquer compromisso com a verdade, essa... A "verdade da vítima", não de um acidente, mas  de alguém que assassinado por um motorista. Até quando? Até quando impunidade? Quantos de nós precisaremos morrer?

O ciclista não estava atravessando no meio dos carros, como um suicida moderno, como é de propor-se para mentalidade dos usuários do carro, carrocratas, carrascos potencialmente, dentre muitos, apenas um - uma mistura de carne e álcool, para executar definitivamente pena de morte a resistência, a insurreição cultural das bicicletas, dos ciclistas urbanos que, por necessidade ou opção, transitam pela região metropolitana e especificamente dentro da cidade.




A BR 101 que corta Natal parece-me a muralha de fuzilamento de nós ciclistas. Quantos já partiram, sem chance qualquer de defesa para o mundo do além!? Entre aqueles noticioados e não veiculados nos blogs, nos jornais oficiais. Quantos? Notícias como essa são cada vez mais frequentes, enquanto o número de carros aumenta cada vez mais nas ruas de Natal; enquanto a frota cresceu em uma década 67% - com isso, a cidade já vive a barbarie de uma cidade grande como São Paulo.


Vítimas inocentes, pais, mães e filhos, irmãos! Por que somos tão crueis? Pessoas por que escolher deslocar-se egoisticamente, destrutivamente, não só para saúde, mas para a vida do próximo. Automóvel, desculpe, a quem tem paixão por ele, mas é uma arma, o gatilho somos nós, nós que o manuzeamos mau, mau formados pelas auto-escolas, pagando caro.

Observem bem a marca no asfalto do Fiesta, onde percebe-se claramente onde possivelmente foi o primeiro impacto - ciclista estava transitando, exercendo o seu direito, enquanto foi pego dolosamente sem chance de defesa, sendo jogado com enorme violência a 30m. Chega de impunidade!

A via não apresenta nenhuma sinalização, não afirmando o uso da via que é feito também por ciclistas, indo e vindo. Não há ciclovia, nenhuma infra-estrutura, e como já disse, sinalização; há poucas faixas de pedestres e passarelas, fluxo sempre intenso e grandes velocidades, não coerente com a criculaçao de pessoas, não falo de máquinas, mas sim de pessoas, não motorizadas, que teoricamente teriam preferência.

A Polícia Rodoviária tenta contextualizar a "culpa" que recai sobre o pedestre e ciclistas, tratando-os como suicidas até. Ninguém quer morrer, só não tem opção para não se arriscar. As autoridades dizem suprir as necessidades dos mais fracos - verdade prática: nada acontece como imaginam essas ditas autoridades, ora, carrocraticamente falando, andar 1km para atrravessar uma rua que mede em largura trinta metros(?)

Com o perdão da palavra, que P... de lógica é essa?



Você, considera-se um bom motorista, por que não muda a sua atitude no trânsito?! Justifica-se a nossa invisibilidade,  mas não se justifica - nenhum de nós somos transparentes. Somos gente sim, igual a você que fecha os olhos para outras alternativas de transporte. Não é porque andar de bicicleta em Natal é perigoso. A cidade, quer dizer o Poder Público, com a co-participação, não menos relevante da opção individual de um terço da população natalense omiti-se, lava as mãos.

A questão além de ser cultural é social, e econômica - pois é muito difícil fazer distanciar tais pontos.

Na sociedade onde esparge a barbarie, em meio a ideia virtual da concorrência de mercado, transplantada para o social; da concentração de direitos, mediante a imposição moral e física do "ter mais dinheiro", do "ter carro", da violência, da corrupção, da acumulação e da impunidade. São exemplos das ânsias, das perturbações, dos crimes aos direitos humanos, refletindo todos os avanços já conquistados pela humanidade.



Estamos em um caminho lento para a real civilidade, em que as pessoas são flagrantes: agentes alienados à questão social, que é apresentada obtusamente como cenário de suas vidas.

CHEGA!


A cultura da velocidade, a cultura do automóvel massacra a vida humana, seja ela a de quem a defende, como de pessoas inocentes. CHEGA!

Motoristas, referindo aos maus motoristas, destes uma minoria mau caráter; a maioria, mau formados. NATALENSES - não somos bichos na estrada, somos seus semelhantes! A sua pressa não vale uma vida! O seu prazer débil de alcoolizar-se como alcoólatra socialmente incumbado não vale a angústia de uma família.

EVOLUAM, sei que é difícil quando vivemos na Era da Estupidez, evoluam!


Até quando?

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Ciclovias dos Invisíveis




 O que queremos? O que definimos como prioridade? Nós ciclistas queremos RESPEITO, servindo-me de tais escrituras: [...] “Não clamamos por ciclovias, clamamos por respeito. Às leis de trânsito colocam em primeiro plano o respeito à vida. As ruas são públicas e devem ser compartilhadas entre todos os veículos, como manda a lei e reza o bom senso. Porém, muitas pessoas não se arriscam a pedalar por medo da atitude violenta de alguns motoristas. Estes motoristas felizmente são minoria, mas uma minoria que assusta e agride” [...] (Manifesto dos Invisíveis)

Quer-se impor que lugar de ciclista não é na rua, e sim nas ciclovias, segregados, invisíveis a todos. E que tipos de ciclovias se discuti? Aquelas que levam “de lugar algum a canto nenhum”, desconexas, ou utilizadas apenas no domingo, longe da verdadeira ideia que defendemos: o compartilhamento da via, o respeito a vida e ao cidadão, o real direito de ir e vir da população, que é negligenciado pelo Poder Público, este por privilegiar poucos.

Tudo gira em torno do automóvel, em correspondência a uma minoria abastada que é capaz de investir uma quantidade enorme de recursos para a manutenção do sonho de consumo, que vem destruindo as nossas cidades. Sim, quanto mais carros tiverem nas ruas, teremos uma cidade mais degradada, violenta, desigual e engarrafada – apontam os especialistas de trânsito - não adianta construir mais vias para carro, e para onde a cidade irá crescer? Ou se escolhe pessoas ou automóveis para serem habitantes de uma cidade.  

Lugar de ciclista não é na rua, não é mesmo?
Os ciclistas querem mais respeito, querem exercer seu direito a rua, assim como pedestres, o que todos nós somos na verdade.  Os nossos representantes políticos conhecem muito pouco a realidade de sua cidade, assim como podemos observar a sua maioria usa carro regularmente, não transporte coletivo, por exemplo, ou seja, utiliza um bem privado que é seu fruto do seu “trabalho”,  assim como também usam planos de saúde privados; pagam escolas privadas para seus filhos estudarem, assim vai. Eles, nossos representantes muitas vezes sendo os agentes dos interesses de classes das muitas que fazem parte ou defendem, estão para usurpar do público concentrando direitos,  e negligenciando as demandas mais urgentes da sociedade – a exemplo da mobilidade urbana.

Nós ciclistas não podemos e não vamos esperar pelo que querem nos fazer acreditar como um “favor”, a questão está mais do que madura, apenas falta vontade política.

Educar, respeitar a integridade de pessoas que são responsáveis pelas verdadeiras demandas de deslocamento em nossa cidade, não observamos isso ser feito. A pé, bicicleta, transporte coletivo são os principais meios, modais de transporte que efetivam a maior parte dos deslocamentos realizados na cidade, da zona norte a zona sul, e centro.  Porque nada é feito? Liberam-se tantos milhões para expansão viária para comportar a rua para mais carros, e não vemos os problemas de mobilidade urbana serem resolvidos, alias são acentuados ainda mais. 

Porque essa discussão tardou tanto para chegar até a Câmara de Vereadores de Natal, ainda sim tendenciosa, com vistas a segregação do ciclista? Já que a realidade expressa é diferente da que pensa os nossos iníquos gestores?

Vejam bem [...] “Ciclovia é só uma das possibilidades de infra-estrutura existentes para o uso da bicicleta. Nosso sistema viário, assim como a cidade, foi pensado para os carros particulares e, quando não ignora, coloca em segundo plano os ônibus, pedestres e ciclistas. Não precisamos de ciclovias para pedalar, assim como carros e caminhões não precisam ser separados. O ciclista tem o direito legal de pedalar por praticamente todas as vias, e ainda tem a preferência garantida pelo Código de Trânsito Brasileiro sobre todos os veículos motorizados. A evolução do ciclismo como transporte é marca de cidadania na Europa e de funcionalidade na China. Já temos, mesmo na América do Sul, um grande exemplo de soluções criativas: Bogotá” [...] ( Manifesto dos Invisíveis)

Natal caminha para ser a São Paulo do amanhã, poluída, engarrafada, violenta e desumana. Natal é uma das cidades mais sedentárias do Brasil, o se seu ar foi um dia o mais puro das Américas, não é mais hoje.

Os erros, a incompetência, a crueldade, a violência, de gestão a gestão se acumula como os carros engarrafados nas ruas por longos quilômetros.  Talvez essa não seja ainda a realidade de nossa cidade, mas ajamos antes que nossa situação piore.

Bicicletas nas ruas, ciclistas nas ruas, apesar das dificuldades de se pedalar em Natal, são símbolos de resistência a essa ditadura motorizada, expressa na figura do automóvel. Não há escassez de  demandas, ou de uma cultura ciclística, apenas somos tratados como invisíveis. 

¿Qué es un carril-bici urbano?




A rua não basta!


Além de os maus motoristas e motociclistas estacionarem seus veículos nas vias públicas, atrapalhando o trânsito, como também estacionando nas faixas de pedestres, nas áreas preferenciais a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida - achando muito pouco - porque muito folgados que são, literalmente invadem as calçadas, que já não são muito acessíveis, graças também, ao Poder Público que não tem coragem para executar as leis e suas sanções a tais egoístas e definir um padrão acessível para o passeio. Nada é feito, mas a Lei existe! O que falta?! RESPEITO!


(CTB) Art. 181. Estacionar o veículo:

Paragrafo VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim público:

Infração - grave;

Penalidade - multa;

Medida administrativa - remoção do veículo

Pontos na carteira - 5

Só Mario Bros consegue ultrapassá-los (rua que me dá acesso a UFRN) 




Lava Jato Buzios, Av Buzios, Conj. Ponta Negra - se você utiliza esse serviço exija que respeite as leis; ou boicote tais as empresas que não respeitam os direitos dos usuários do passeio(calçada)


Ainda na Av. Buzios, todo dia a mesma coisa!


Carro estacionado na esquina, Av. Buzios, atrapalhando o fluxo até de outros veículos.


Mercado de Ponta Negra, flagrante de senhora que estaciona seu carro na faixa de pedestres ( Art. 181), o outro atravanca a rampa de acesso ao estabelecimento.


Rua Vereador Manoel Sátiro, outro lado da calçada, calçada público servindo a interesse privado


Via Natal Rent Car, Rua Vereador Manoel Sátiro, Ponta Negra - mais uma empresa que não respeita os direitos dos pedestres e pessoas com deficiência.

PC Rent Car, mais uma empresa sem qualquer pudor, nada é feito!

Radar Rent Car, Conj. Ponta Negra

A rua não basta!( parte 1 e parte 2)

1

2


Fim

Contribua, divulgue este canal, envie flagrantes, fotos, vídeos, textos para o twitter @renatovaidebike ou @bicicNatal



quarta-feira, 11 de maio de 2011

Audência Pública: Mobilidade Urbana: A importância das BICICLETAS em Natal


 

PRESENÇAS CONFIRMADAS:
 
FNC - Federação Norteriograndense de Ciclismo;
ACIRN - Associação de Ciclistas do RN;
Bicicletada Natal;
Rapaduras Biker's;
Biker's Tirol;
Pedal da Quarta;
Biker's Mundial
 
Vamos ser ouvidos, vamos dar a nossa opinião e exigir que o Plano Cicloviário de Natal seja executado. Ciclovias? Queremos sobretudo respeito! 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Ghost Bike - Familiares e amigos prestam homenagens ao companheiro de luta

Essa ghost bike representa a homenagem de todos que foram assaninados e mortos na cidade defendendo mais bicicletas nas ruas, com a perspectiva de que não vamos esquecer vocês, que vamos continuar a lutar,
 buscar nossos direitos e defender os mais fracos.


Quantos de nós ainda precisarão morrer?

Abril, 2011
Local: RN 160 com BR 101, na rotatória em frente ao nordestão da Tomáz Landim.

Descrição (por familiares): Motociclista e ciclista vinha no sentido SGA centro, quando houve a colisão. O ciclista vinha para a av. da fronteiras iria pegar a rotatória pra isso, o motociclista por sua vez iria fazer o mesmo. Colisão ocorrida no meio da faixa de rolamento, a motocicleta atingiu a o ciclista já em derrapagem, o que arremessou o mesmo por 5 ou 6 metros. CONSTATAMOS QUE: SE O JOSUÉ ESTIVESSE DE CAPACETE, CERTAMENTE A HISTÓRIA SERIA OUTRA, POIS A COLISÃO NÃO FOI LÁ GRANDE COISA, O PRINCIPAL FOI A PANCADA DA CABEÇA NO SOLO ( Histórico de Acidentes com Ciclistas, Bicicletada Natal, 2011)
 
 
Desabafo - Fabiano - Ciclistas unir-vos!


Familiares e amigos prestam homenagem


"Pessoal é com enorme revolta, que noticio o falecimento de um amigo, nada comum, já perdi dois nesse maldito mês de abril. O que me deixa mais consternado e sentido, é que o cara era ciclista, amigo de infância, certamente uma de minhas inspirações a lutar por espaço para ciclistas que usam a bike em sua rotina diária como meio de transporte. Pois bem, não consigo nem raciocinar neste momento, o acidente aconteceu esta manhã, uma moto atropelou o Josué no bairro golandim Zona Norte de Natal.
 
"Quando entrei pra isso aqui, foi pensando em lutar pelos direitos do ciclista na cidade, como é de conhecimento de todos, sempre defendi uma ciclovia interligando, as zonas norte e sul com o centro, pois ai que estão os verdadeiros ciclistas da cidade. N'outra oportunidade em um acidente aqui perto de casa nesse caminho da ZN, anos atrás, houveram dezenas de propostas de manifesto em nome dos ciclistas falecidos em combate, assim que descrevo quem anda nesses corredores, pois então, o GHOST BIKE é excelente, gostaria muito de fazê-lo, sei que tenho apoio pra isso, mais queria avisar a todos que eu queira mesmo era cem, duzentos, trezentos ciclistas unidos numa hora dessas, pois será que nossa luta é válida? a união existe? será que morrendo um de nossos voluntários fariamos isso? podemos evitar?"
 
 
 
Presto minha solidariedade ao amigo Fabiano, Josué era seu amigo e companheiro de pedaladas. A perda não é só dele, mas de todos nós, como o próprio afirma, "ciclistas falecidos em combate". É isto mesmo, além de termos que conviver, nós ciclistas e pedestres, com o medo, não é raro ter amigos, companheiros de luta retirados de nossas vidas violentamente
 
Fatos como esse, particularmente, abala-me muito. Frequentemente, sentimo-nos atordoados, em meio a nossa revolta, e ao nosso choro que, muitas vezes somos obrigados a engolir, para não deixar perceber àqueles que nos exploram e oprimem  de que fomos atingidos em nossos corações frágeis.  Mas devemos chorar, devemos nos revoltar, mesmo, eles, querendo-nos impor a ideia de que tudo isso é natural, "foi apenas uma fatalidade",  porém, NÃO VAMOS ACEITAR ISSO!
 
 

 
Vivemos, na verdade, em uma ditadura, sim, o Brasil vive uma ditadura, mais expressa no termo da CARROCRACIA, a autocracia burguesa motorizada. Se não conseguimos nos adaptar a esse sistema, somos condenados a morte, agora mesmo, nesse exato momento, dezenas de ciclistas estão sendo mortos no Brasil, sem qualquer chance de defesa. Vivemos sob a cultura do medo, não temos direito a lazer, a sáude, a educação, somos obrigados a ficar presos dentro de casa, trancafiados, não temos sequer o direito a rua. O conceito de liberdade de ir e vir foi determinado por algo novo, não tão novo assim para realidade brasileira, a concentração não só de renda, mas de direitos - só é livre quem pode pagar pela liberdade neste país onde prospera a corrupção e a impunidade, a lei do mais forte, o "Darwinismo Social" tão presente nesta sociedade estúpida, perpassa as convenções de mercado, atinge as relações sociais, nelas que se reproduzem as desigualdades, a desumanidade cresccente de nossa vida  pseudo civilizada.
 
O que nos dizem as indústrias, como a Volks, a Fiat, Yamaha...Todas elas,  investindo quantias enormes em propagandas constantes na televisão, televisão esta que aliena. Sim, é verdade: "Bem-vindo a vida", quer dizer que a plebe que não pode ter um carro, que anda de ônibus e desloca-se de bicicleta não tem direito a vida?! Isso mesmo! Motorizar, se não pode ter um carro, pode uma moto, endivida-se, mas motorizar-se a todo custo como fosse resolver os problemas todos de nossas vidas. Será mesmo essa única alternativa? Realmente queremos isso? Ou nos impõe isso, necessidades muitas vezes que não existem?! 
 
Eu tenho medo, por que ando quotidianamente na Roberto Freire, a via mais perigosa de Natal, não tenho outra opção para chegar a UFRN. Tenho medo, mas não posso deixar o medo vencer. Se algo acontecer comigo não quero me tornar mais um número, não deixemos que Josué vire mais um número! Vamos a luta, luta essa pacífic, por mais amor, mais respeito, menos motor!
 
Não somos capazes de perceber as questões que são construídas, reproduzindo uma sociedade infame, desigual, e terrorista?! Porque nos omitimos? Quer dizer, somos brasileiros, dizem-nos, somos um povo pacífico, generoso e diverso. Realmente são valores que devemos instigar, mas por outro lado, possuímos o que nenhuma outra nação possui: o estúpido e perverso "jeitinho brasileiro". A parcela da sociedade que pode realmente mudar esse cenário - o povo - não falo das elites deste país que vampirizam a nossa riqueza, advinda do nosso trabalho, mas sim dos trabalhadores deste Brasil, das classes de base dessa estrutura econômico-social-espiritual-cultural, ainda responsáveis por dar a ela continuidade. Essa massa acomoda-se, sedentária, doente e manipulável. É o interesse do Poder Público burguês de mantermo-nos assim, o Estado, a televisão, as elites, que estão interconexas nesse processo foram capazes de nos ensinar como devemo-nos agir e pensar muito bem - somos algozes de nós mesmos.
 
Quando vamos nos libertar? Quando vamos colocar em primeiro plano a "vida humanidade" e a natureza que é nossa mãe? Quando vamos ter coragem de boicotar esse sistema, enquanto apenas sobrevivemos no medo. Josué é mais um que foi para a outra vida, e com certeza não nos abandonará na luta, tenho certeza que contamos com uma legião de bikersanjos do nosso lado, são eles que invisivelmente nos dão força para declarar resistência ao terror, a essa sociedade hipócrita e infantil.  
 
 
 
Não sentimo-nos abandonados, não podemos dizer que perdemos o nosso amigo. Os nossos repressores têm muito mais a perder do que nós, por isso não vemos vontade política, não é interesse do Poder Público transformar a sociedade, atuar em detrimento do egoísmo em benefício da coletividade, o bem-comum.
 
Herois, "ciclistas em combate", desarmados, não motorizados, estendendo uma bandeira de Paz, não obstante, machada de sangue, para inquirir dos gestores sua incompetência, do seu crime para com os direitos humanos, para com a vida. Os cidadãos podem comportar-se como colaboradores da iniquidade de governos que representam interesses os outros, olhos cegos, com vistas em não resolver problemas, apenas mediá-los de alguma maneira, minimamente para que nós, seus subordinados, não tornemo-nos inssurrectos a toda trama que nos enlaça feito bois.
 
União, organização, isso historicamente foi demonstrado pelos movimentos sociais que persistiram na luta por conquistas de direitos, que persistiram na luta por uma verdadeira transformação social. E nós ciclistas, somos muitos, unir-vos, unidos somos fortes. BICICLETADA!  
 
 
 
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18 de Maio de 2011, levemos nosso reivindico, nosso luto, nosso medo, nossa revolta, levemos o debate - Assembleia da Câmara Municipal de Natal, às 8h30, com o tema: " Importância da ciclovias em Natal". Raramente são oferecidos esses espaços, vamos comparecer!

sábado, 7 de maio de 2011

!

Pratique gentilieza
Tome um banho de água fria
Não brigue mais
Briga sem fim
Calar para que?
O que se quer é transparência
Recupera a amizade
O convivio e a satisfação
De praticar gentileza
Tomar banho e ficar limpo
O fim da briga
Briga infantil!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Direito a rua



Eu quero ter direito

Eu quero expressar o amor

Ver as flores, homens e mulheres.

Se vivo a rua, vivo a vida,

Vivo a cidade.

Quero ter direito a rua,

Eu quero amar as coisas,

Eu quero falar...

Muitas vezes não é por palavras.

Quero ser livre...

Muitas vezes apenas  não é.

- Ir aonde preciso

Dizem que necessito.

Mas quero agora

Ficar aqui!

Edição Buracos de Natal

Parte 1


Parte 2