segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dedico a todos os amigos que fizemos, novamente estamos unidos. São os laços que colaboram no desenho vivo da cepa da evolução humana, e puderam ser redescobertos, vivificados no passeio a Diogo Lopes.  
O rio leva o espinho
Leva o touro atolado
No brejo seco.
Uma vala enorme
Sedutora como as nuvens no céu,

O mato, arbusto espetado
Feito flecha no chão
Onde passa a estrada
Descobre o barro vermelho
Casas fantasmas e madeira.

Barro queimado
O meio do nada
Não dividi a terra,
Se não é a estrada.
Sol que maltrata,
Choca o fogo da queimada

O abandono do concreto.
Vidas humanas da cidade abandonada
Dúbios efeitos do sertão que beira o mar
E anseios dos amantes.
Porteiras abertas para surgir o novo
Contagia a quentura, beneficia o ser

A paisagem sertaneja
Por onde passa o rio,
Onde desagua o mar
Sobre a terra, águas invisíveis
Correm nas suas conchas brancas
Doutro tempo que brinca em voltar.

A esperança acolherá como a transformação
Do mundo noutro
Ter braços em que se apoiar
Em mãos construtoras que erguem
Não só o ser, são os amigos que
Levantam o mundo invisível
Dos sonhos dessa nova hora.

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